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“E eu que já não sou assim muito de ganhar…”

11 dez

2010? Você quer mesmo saber como foi? Eu respondo: uma merda. Quer saber dos fatos mais interessantes? Um pé na bunda, um chifre…Coisas muito agradáveis de serem vividas. Realmente é muito bom quando seu pseudonamorado vai pra micareta colocar um chapéu de boi na sua linda cabecinha e você descobri vinte dias depois (ainda bem que eu já tinha terminado com ele antes mesmo).

Claro, claro, vão me dizer que experiências tem que ser vividas, que a gente tem muito a aprender com essas coisas, que a gente tem de estar preparada para as decepções da vida. Blá blá blá, f*dam-se todos. Ok, até aprendi algumas coisas. Mas o que se aprende com as decepções é a suportar melhor as futuras decepções, não a evitá-las. Aii vida…Estamos todos fadados ao sofrimento. É sofrer vivendo ou morrer.

E então eu estava aqui recordando esses lindos momentos de minha vida e resolvo olhar meu horóscopo do ano que vem na esperança que me dissessem que eu iria ganhar um ano cheinho de felicidade, dinheiro e amor. Maaaaaaaaas nãoooooo! Até o horóscopo tem que me detonar! Está escrito que esse ano é para eu ser introspectiva, investigadora e sábia. Só tenho uma coisa a dizer: P*TA QUE PARIU! O que eu mais faço nessa minha vida é pensar…

Ai ai, chega. Ninguém merece mais ficar me vendo reclamar.

O vencedor – Los Hermanos

“Quem me dera poder consertar tudo que eu fiz.”

22 nov

O que está feito, está feito. Não que exista um arrependimento sincero de minha parte, o problema é somente a repercussão das coisas. A sensação é a mesma de uma onda se propagando na água depois que uma pedra foi jogada no lago. A onda atinge grandes proporções, causa uma movimentação danada, vai perdendo força e, depois de algum tempo, ninguém nem vai saber que uma pedra caiu ali.

Acredito que todas as coisas tem seu prazo de vencimento. A gente sempre acaba se cansando de tudo no fim das contas. Quando entrei na aula de dança, gostei tando que achei que dançaria pra sempre, mas agora as aulas me parecem extremamente entediantes. Todo mundo acaba sempre entediado, a gente se enjoa das coisas. E aí ou você decide largá-las ou espera até alguém decidir por você. Infelizmente sempre escolho a segunda opção. Por mais que eu esteja cansada, enjoada e entediada, acabo arrumando um motivo pra não abandonar a situção e simplesmente deixar as coisas irem. Talvez seja por algum tipo de apego que eu sinta pelas coisas às quais me acostumei, ou talvez seja medo de fazer a escolha errada.

Acho que eu sinto demais. Entende o que eu quero dizer? Sou uma pessoa sentimental ao extremo. Sofro demasiadamente por qualquer pedrinha que jogam na minha lagoa. Isso é uma droga. Eu devo sofrer de algum distúrbio, tenho algum transtorno psicológico, de personalidade, sei lá. As coisas demoram a entrar na minha cabeça e, quando entram, demoram a se encaixar e começar a fazer sentido.

Seguindo essa vida minha percebo que dou voltas e voltas, e acabo sempre parando no mesmo ponto: O QUE EU ESTOU FAZENDO? QUE M*RDA É ESSA QUE ESTÁ ACONTECENDO? ONDE É QUE EU FUI ME ENFIAR?

E pra essas perguntas eu tenho aquela boa e velha resposta: Não sei.

Primavera – Los Hermanos

“I am one of those melodramatic fools”

28 out

E cá estou eu, de volta depois de algum tempo (como sempre). Por mais que às vezes eu possa deixar de lado ou mesmo tentar evitar, simplesmente não consigo parar de escrever. É como eu disse antes, as coisas que a gente pensa precisam ir pra algum lugar, tem que haver um destino pra elas. O destino das minhas coisas é esse blog e o meu diário.

Andei pensando sobre umas coisas durante essas semanas, é engraçado como a gente vive e vai aprendendo as coisas. Observando a vida, me parece que é imensa e tediosa e que raramente coisas emocionantes/impactantes acontecem. A maioria dos dias da sua vida são todos muito parecidos e monótonos, parte de uma rotina que obrigaram você a seguir. O que chamam propriamente de vida, sua história ou seja lá como você queira chamar, acontece em momentos muito pequenos e rápidos, em uma noite ou em algumas horas. Acho que o que estamos chamando aqui de vida é decorrente das mudanças, entende o que eu quero dizer? Pra ser mais clara, acho que esses determinados momentos que ficam gravados na nossa memória, que são nossa história, são momentos de mudança, são quando algo novo acontece.

Mas a minha dúvida é: enquanto esse momentos “boom” não acontecem, como é que a gente se vira com a sucessão interminável de dias rotineiros? Eu sei, isso é bem chato. Percebi que a maioria das pessoas só tem vida própria nos fins de semana. É como se quisessem fazer acontecer um momento “boom”. Mas eu digo que já tentei fazer um momento desses acontecer e não deu certo, eles acontecem independente da nossa vontade. Não adianta sair no fim de semana e simplesmente pedir que aconteça um, ele vai acontecer quando você menos esperar. Talvez essa seja a graça do momento “boom”, ser inesperado.

Quem me vê falando assim até acredita que já vivi muitos momentos assim, mas não. E talvez por isso eu me sinta tão ansiosa pra viver, acho que sempre quis viver minha vida toda de uma vez, sempre quis saber o fim das coisas. Mas o importante não é o fim, é como se chega até lá. E tudo que eu fiz até agora foi o melhor que eu consegui.

Talvez nesse feriado eu viva um bom momento. Mas nunca há como saber, o destino vive jogando a gente de um lado pro outro, como se estivesse brincando de xadrez. Tem hora que a gente se julga invisível, mas nos esquecemos de que somos peças do jogo. O que eu posso desejar é que dê tudo certo ou, se não der, que pelo menos eu volte inteira pra casa. =)

Basket case – Green Day

“Não fala do que eu deveria ser, pra ser alguém mais feliz”

8 set

Sempre tem um monte de coisas nos bolsos das minhas calças jeans. Nem sei porque uso bolsa, acabo sempre colocando tudo na porcaria dos bolsos do jeans. Daí volta e meia encontro prendedores de cabelo, listas de compra e, principalmente, ingressos de cinema. É diversão garantida, vivo encontrando surpresinhas. Toda vez que eu ficar entediada agora vou começar a revirar os bolsos das calças. rs

Hoje eu reparei que os Ipês amarelos desabrocharam. Sempre tem essa época que os Ipês desabrocham, mas eu nunca sei quando é. E hoje fui pega totalmente de surpresa. Fica tudo perfeito, as flores amarelas são lindas. Quando eu era pequena minha cor favorita era amarelo. Fiquei pensando numa coisa: a natureza é perfeita. Quando é que as flores sabem que tem que desabrochar? Os Ipês sempre sabem quando é a hora certa, todos eles desabrocham na mesma época, todos juntos. E porque comigo não é assim? Eu nunca sei a hora certa de fazer as coisas.

A única coisa que eu queria ter feito hoje era não ter descido do ônibus. Se há uma sensação bem interessante é a de andar num ônibus vazio. Eu acho o máximo. Você senta na janela e observa tudo, o mundo inteiro, só que ninguém te vê porque ninguém repara nos ônibus. E você não precisa se preocupar pra onde é que ele vai, porque sabe que ele sempre vai voltar. Sempre acaba voltando pra de onde veio.

E por falar em voltar, nem tudo volta. O que eu mais quero próximo a mim, é o que eu mais acabo afastando. Andei afastando tudo e todos ultimamente. Setembro costumava me trazer coisas boas. Costumava. Eu não queria que fosse assim sabe, não queria mesmo.

As coisas estão sempre no mesmo lugar: fora de onde deviam estar. Não me pergunte como tinha que ser, eu não sei. O que eu sei é que não tinha que ser assim. Eu não tinha que ser assim. Ás vezes mal me reconheço, me pego falando coisas que não devia, pensando em inutilidades, pareço uma neurótica dando surtos por aí. Estou mergulhada em crises e mais crises sem fim. Daí me olho no espelho e vejo o que não era pra ver. Eu mal me enxergo, só sinto raiva.

Se minha vida é o que eu fiz dela, eu não fiz nada do que eu deveria fazer. Talvez eu nem tenha feito nada, por isso vivo eternamente nesse tédio profundo. Mas eu nem quero fazer nada. Nem sei se eu quero mesmo que as coisas mudem, no fundo eu acho que tenho medo. Medo de tudo mudar e depois ficar pior, porque da última vez que as coisas mudaram foi assim.

Não tenho mais nada a que me apegar. Não importa pra ninguém, tanto faz. Parece até que a minha vida não é mais minha, que meus pensamentos não sou eu quem controla. Acho que perdi a vontade própria. Eu sempre estou por aí perdendo um tanto de coisas. Se é que um dia eu já tive alguma coisa pra perder.

Quem sabe – Los Hermanos

“If I could be who you wanted”

19 jul

É, eu realmente cansei de tudo aquilo. Sim, estou falando daquela porcaria do orkut. O meu anda me irritando muito ultimamente, estou com vontade de remover todas as fotos, excluir todas as pessoas, deletar tudo. Porque na verdade o orkut é uma grande porcaria que as pessoas acham que precisam, mas não precisam.

O que aconteceria se acabassem com o orkut? Nada. Ok,  mandar scraps as vezes é mais rápido e até mesmo importante, mas não é fundamental, e-mails existem com essa mesma finalidade. Sei que devo algumas coisas ao orkut, alguns envolvimentos que tive  só aconteceram porque ele existia, mas isso só tornou tudo mais falso. Não se pode conhecer ninguém pelo orkut, lá as pessoas são o que querem, se comportam como querem. Fingem. E isso equivale a maioria dos meios de comunicação virtuais.

As vezes você conhece uma pessoa e pensa “olha, fulano é gente boa”, daí a pessoa te adiciona no orkut e você percebe que a mente dela  é totalmente doente. Eu me pergunto o que levaria uma pessoa a querer se mostrar tanto em um site de relacionamento. As meninas colocam imensos decotes, tiram fotos de mini saia e de biquini, fazem poses sensuais não condizentes com a idade que possuem. Os meninos tiram fotos sem camisa, tentando criar um efeito provocante. Isso pra mim se chama auto-afirmação. Os jovens usam o orkut pra se sentirem incluídos, para se sentirem belos e legais. Mas pra mim ser belo e legal não é agir dessa forma.

Meu orkut é muito sem graça. Já tive uma fase de colocar um álbum com fotos minhas, mas agora não consigo nem ao menos colocar uma foto minha sozinha. Sinto como se as pessoas estivessem reparando em mim, como se eu estivesse me vendendo. Uma foto de uma pessoa sozinha fazendo aquela cara insinuante transmite a mensagem de “tá vendo, eu sou gostosa(o)”, acho que por isso a maioria até dispensa a legenda. Eu não quero que as pessoas pensem assim de mim, não quero ser um objeto. Mas o pior é se sentir excluída porque todo mundo é um objeto e você não. Fazer o que né? O que eu sei é que não posso ser diferente, seria ir contra minha essência, ainda acho que o meu posicionamento é  correto.

Então, que seja dessa forma. Todo mundo age como idiota e eu é que acabo me sentindo como idiota por não ter atitudes idiotas. Droga, isso nem faz sentido. E isso vai indo, até o dia em que eu verdadeiramente canse do meu orkut e resolva tomar uma medida mais drástica.

Fake Plastic Trees – Radiohead

“Pessoas na minha vida parecem sumir, mas insistem em voltar”

21 maio

Eu odeio todos eles, eu odeio todos eles
eu me odeio por odiar eles
então eu bebo mais um pouco:
‘EU AMO TODOS ELES!’
eu bebo mais ainda:
‘EU ODEIO TODOS ELES MAIS DO QUE ODIAVA ANTES!

Esse trecho é da música On the other side do Strokes (pra variar). Pois é, estou novamente com aquela velha sensação de quando a gente não sabe o que sente. A questão é : porque as pessoas tem tanta influência sobre nós?

As pessoas aparecem, você convive com elas, acha que as conhece pelo menos um pouco. Mas depois o tempo passa, elas somem, você praticamente se esquece que elas existem e de repende…PUFF! Elas estão lá de novo, recém-surgidas de não sei aonde, desenterradas de um passado perdido.

E eu não sei porque me importo tanto com isso. Acho que é saudade dos momentos vividos no passado. Mas o que a gente tem que aprender é que nós vivemos momentos importantes ao lado de determinadas pessoas, mas infelizmente importantes eram os momentos e não as pessoas.

Aquelas pessoas que são realmente importantes, elas não somem, não te deixam. E, na maior parte das vezes, a gente deixa de dar valor aos verdadeiros amigos por se apegar a essas pessoas que…Bom, que não merecem toda essa atenção.

Memórias são como fantasmas, não te deixam em paz até que você pare de dar tanta atenção a elas. Eu sou daquele tipo de pessoa que é provida de uma memória excelente, me lembro de detalhes mínimos, mas isso nem sempre é bom. Minhas lembranças me torturam, sempre acho que eu poderia ter sido melhor, que eu poderia ter feito isso ou aquilo para as coisas serem diferentes.

Mas a verdade é que tudo que a gente faz é o melhor que a gente consegue fazer no momento. E as coisas…elas têm um propósito, está tudo certo, tudo é como era pra ser. Quanto as pessoas? Bom, elas são como são. Talvez nunca chegaremos a conhecer a verdadeira essência delas. E quanto a elas irem e virem…O mundo gira. Faz parte. Uma hora ou outra a gente acaba trombando com alguém, e aí é que volta a lembrança daqueles momentos…Então a gente tem que se lembrar daquelas pessoas que vivem ao nosso lado, aquelas que a gente tem certeza que não vão desaparecer e deixar só lembranças.

Microondas – Bidê ou Balde

Is this it?

15 maio

Então é isso. Nada mais, nada menos. Eu não sei como é exatamente a frase, mas Fernando Pessoa disse algo como ” O único sentido oculto das coisas é que elas não têm sentido oculto”. Então aqui está esse blog, sem nenhum sentido oculto.

E porque uma pessoa faria um blog? Eu respondo sinceramente que não sei. O que digo é que eu realmente preciso de um “Automatic Stop” às vezes, apesar de ter negado isso durante um bom tempo. Posso afirmar então que não pretendo escrever grandes coisas (acho que nem poderia), pretendo somente escrever, porque as coisas que a gente pensa precisam ir pra algum lugar.

Digo logo, assim de cara, que eu não tenho talento pra escrever. E talvez nem saiba me expressar corretamente, mas o que eu sei deve ser o suficiente pra ser meu passatempo, ou quem sabe ajudar a passar o tempo de mais alguém.

E ficam aqui meus sinceros votos de que isso funcione, e que eu não deixe isso de lado como deixei tantos outros projetos meus.

Is this it – The Strokes