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“The end has no end”

2 fev

Eu nunca fui muito boa em recomeços. Talvez por isso eu nunca tenha sido boa em matemática. Eu simplesmente odiava ter que desmanchar todo o cálculo depois de ver que o resultado tinha dado errado, então eu sempre começava a procurar onde estaria o erro. O problema é que quando você procura o erro você nunca encontra onde errou. O ideal mesmo quando se erra um cálculo é apagar tudo e começar do início, com mais atenção do que da primeira vez.

Parece que durante muito tempo eu fiz isso: evitei o recomeço e tentei procurar onde foi que eu errei no decorrer da minha vida. Se fossem poucos erros talvez eu até conseguisse encontrá-los, mas receio ter coleções de erros. Na verdade, acho que todo mundo tem. Fazer o que? Nossa sina é carregar a nossa imperfeição.

Acredito que o mais importante em recomeçar é ser perseverante, é achar que vai conseguir encontrar o resultado desejado, é lembrar que errou, mas que também é capaz de acertar. Então quando você menos esperar vai chegar ao final e perceber que alcançou o resultado esperado, e assim você não vai mais precisar voltar apagando tudo e acabar se desmanchando.

The end has no end – The STrokes

“E eu que já não sou assim muito de ganhar…”

11 dez

2010? Você quer mesmo saber como foi? Eu respondo: uma merda. Quer saber dos fatos mais interessantes? Um pé na bunda, um chifre…Coisas muito agradáveis de serem vividas. Realmente é muito bom quando seu pseudonamorado vai pra micareta colocar um chapéu de boi na sua linda cabecinha e você descobri vinte dias depois (ainda bem que eu já tinha terminado com ele antes mesmo).

Claro, claro, vão me dizer que experiências tem que ser vividas, que a gente tem muito a aprender com essas coisas, que a gente tem de estar preparada para as decepções da vida. Blá blá blá, f*dam-se todos. Ok, até aprendi algumas coisas. Mas o que se aprende com as decepções é a suportar melhor as futuras decepções, não a evitá-las. Aii vida…Estamos todos fadados ao sofrimento. É sofrer vivendo ou morrer.

E então eu estava aqui recordando esses lindos momentos de minha vida e resolvo olhar meu horóscopo do ano que vem na esperança que me dissessem que eu iria ganhar um ano cheinho de felicidade, dinheiro e amor. Maaaaaaaaas nãoooooo! Até o horóscopo tem que me detonar! Está escrito que esse ano é para eu ser introspectiva, investigadora e sábia. Só tenho uma coisa a dizer: P*TA QUE PARIU! O que eu mais faço nessa minha vida é pensar…

Ai ai, chega. Ninguém merece mais ficar me vendo reclamar.

O vencedor – Los Hermanos

“I am one of those melodramatic fools”

28 out

E cá estou eu, de volta depois de algum tempo (como sempre). Por mais que às vezes eu possa deixar de lado ou mesmo tentar evitar, simplesmente não consigo parar de escrever. É como eu disse antes, as coisas que a gente pensa precisam ir pra algum lugar, tem que haver um destino pra elas. O destino das minhas coisas é esse blog e o meu diário.

Andei pensando sobre umas coisas durante essas semanas, é engraçado como a gente vive e vai aprendendo as coisas. Observando a vida, me parece que é imensa e tediosa e que raramente coisas emocionantes/impactantes acontecem. A maioria dos dias da sua vida são todos muito parecidos e monótonos, parte de uma rotina que obrigaram você a seguir. O que chamam propriamente de vida, sua história ou seja lá como você queira chamar, acontece em momentos muito pequenos e rápidos, em uma noite ou em algumas horas. Acho que o que estamos chamando aqui de vida é decorrente das mudanças, entende o que eu quero dizer? Pra ser mais clara, acho que esses determinados momentos que ficam gravados na nossa memória, que são nossa história, são momentos de mudança, são quando algo novo acontece.

Mas a minha dúvida é: enquanto esse momentos “boom” não acontecem, como é que a gente se vira com a sucessão interminável de dias rotineiros? Eu sei, isso é bem chato. Percebi que a maioria das pessoas só tem vida própria nos fins de semana. É como se quisessem fazer acontecer um momento “boom”. Mas eu digo que já tentei fazer um momento desses acontecer e não deu certo, eles acontecem independente da nossa vontade. Não adianta sair no fim de semana e simplesmente pedir que aconteça um, ele vai acontecer quando você menos esperar. Talvez essa seja a graça do momento “boom”, ser inesperado.

Quem me vê falando assim até acredita que já vivi muitos momentos assim, mas não. E talvez por isso eu me sinta tão ansiosa pra viver, acho que sempre quis viver minha vida toda de uma vez, sempre quis saber o fim das coisas. Mas o importante não é o fim, é como se chega até lá. E tudo que eu fiz até agora foi o melhor que eu consegui.

Talvez nesse feriado eu viva um bom momento. Mas nunca há como saber, o destino vive jogando a gente de um lado pro outro, como se estivesse brincando de xadrez. Tem hora que a gente se julga invisível, mas nos esquecemos de que somos peças do jogo. O que eu posso desejar é que dê tudo certo ou, se não der, que pelo menos eu volte inteira pra casa. =)

Basket case – Green Day